John Stott foi um dos teólogos mais influentes do século XX. Com uma vida dedicada ao ensino, à pregação e à escrita, ele impactou milhões de pessoas ao redor do mundo. Neste artigo, exploraremos sua vida, suas contribuições teológicas e seu legado duradouro.
Primeiros anos e formação
John Robert Walmsley Stott nasceu em 27 de abril de 1921, em Londres, Inglaterra. Cresceu em uma família de classe média alta e desde cedo demonstrou interesse por questões espirituais. John Stott estudou no renomado colégio Rugby School e, posteriormente, no Trinity College, em Cambridge. Foi durante seus anos universitários que ele se converteu ao cristianismo, marcando o início de seu profundo compromisso com a fé.
Uma das primeiras lembranças de John Stott foi quando ele era um menino, sentado na galeria da igreja onde eventualmente se tornaria reitor, e jogando bolinhas de papel nos chapéus da moda das senhoras abaixo! Apesar de frequentar a igreja com sua família e ter sido confirmado na Igreja Anglicana em 1936, ele se descreveu como espiritualmente inquieto durante este período: “Como adolescente típico, eu tinha consciência de duas coisas sobre mim mesmo, embora sem dúvida não conseguisse articulá-las nesses termos naquela época. Primeiro, se Deus existisse, eu estava afastado dele. Tentei encontrá-lo, mas ele parecia envolto numa névoa que não conseguia penetrar. Em segundo lugar, fui derrotado. Eu sabia o tipo de pessoa que eu era e também o tipo de pessoa que desejava ser. Entre o ideal e a realidade existia um grande abismo. Eu tinha ideais elevados, mas uma vontade fraca(…) [O que] me trouxe a Cristo foi esse sentimento de derrota e de estranhamento, e as notícias surpreendentes que o Cristo histórico ofereceu para atender às próprias necessidades das quais eu estava consciente.”
Em fevereiro de 1938, Stott conheceu o homem que o levaria a Cristo. Eric Nash (amplamente conhecido como “Bash”) veio falar na União Cristã da Rugby School. Seu discurso baseou-se na pergunta de Pilatos: “Que farei então com Jesus, que é chamado o Cristo?” Após a palestra, Stott fez muitas perguntas para Nash, que as respondeu pacientemente. Naquela noite, ao lado de sua cama, Stott “abriu a porta” para Jesus.
John Stott: Ministério e Contribuições
John Stott foi ordenado como sacerdote anglicano em 1945 e passou grande parte de sua carreira na Igreja All Souls, Langham Place, em Londres. Ele se destacou como pastor, pregador e líder espiritual, desempenhando um papel significativo na renovação evangélica dentro da Igreja da Inglaterra. Stott foi um prolífico autor, com mais de 50 livros publicados. Seus escritos abordaram temas variados, como exegese bíblica, teologia sistemática e ética cristã. Entre suas obras mais conhecidas estão “Cristianismo Básico”, “A Cruz de Cristo” e “O Discípulo Radical”.
Impacto global e legado
John Stott foi um dos principais arquitetos do Movimento Lausanne, que buscava unir cristãos de todo o mundo para a evangelização global. Sua influência foi necessária para a Declaração de Lausanne, um documento fundamental para a teologia missionária contemporânea. Mesmo após sua morte em 27 de julho de 2011, o impacto de Stott continua a ser sentido. Ele é lembrado como um líder que combinou erudição acadêmica com paixão evangelística, influenciando inúmeras vidas e igrejas ao redor do mundo.
Durante sua vida, John Stott manteve um estilo de vida simples. Ele nunca se casou, dedicando sua vida completamente ao serviço de Deus e ao ministério. Além de sua teologia, Stott era conhecido por seu amor pela natureza e seu compromisso com a justiça social. Ele foi um defensor da responsabilidade ambiental e da necessidade de ação cristã na sociedade.
A história de John Stott é um testemunho de uma vida dedicada ao serviço de Deus e à edificação da igreja. Seu legado perdura não apenas em seus escritos e ensinamentos, mas também nas vidas que ele tocou e inspirou. Stott nos lembra da importância de uma fé viva e prática, que se manifesta tanto no amor a Deus quanto no cuidado com o próximo. Que sua vida seja um exemplo para todos nós, incentivando-nos a buscar uma compreensão mais profunda da nossa fé e a viver de maneira que reflita o amor e a justiça de Cristo.
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